Com a recente perda de fronteiras entre gerações, etapas de vida muito marcadas no passado tendem a se confundir cada vez mais. Em um cenário no qual as gerações se alargam e a juventude também, já cogita-se a existência de uma quarta idade para as muitas pessoas que ultrapassam idades bastante avançadas. Também parece não haver mais uma dependência clara entre beleza e juventude – as pessoas se cuidam desde cedo e não raro passam dos 50 anos com uma aparência incrivelmente bem preservada.
A curva demográfica atual aponta que vamos viver mais tempo e, em cinco anos, o mundo terá mais 200 milhões de mulheres economicamente ativas com idade superior a 60 anos (IE/UFRJ, 2012).
O combustível que move essa nova geração de Perennials é a vontade de viver, ousar, desenvolver novas habilidades, assumir riscos e se reinventar. Dotadas de alma jovem, essas mulheres permanecem produtivas e possuem uma rotina leve e independente.
Pessoas de todas as faixas etárias podem apresentar comportamentos adaptados ao século XXI (ou aos Millennials), como o respeito à diversidade, à valorização de perfis e às diversas competências. Podem questionar o status quo e desejar relações mais horizontais, além de um cotidiano menos engessado por regras e costumes que inibem a individualidade. Esses são os Perennials, (NaPrática.org, 2016).
A sociedade busca manter certos valores que guardam algum grau de funcionalidade e preservam sua produtividade. Sendo assim, sempre haverá crítica ao aparecimento de outros que possam gerar transformações sociais.
Para o mercado, faz muito sentido compreender uma série de comportamentos e valores relacionados a um grupo de pessoas que não se defina por idade, etnia, gênero ou classe social.
Alguns movimentos já existem, como o Lowsumerism e o Unclassed, que buscam entender as pessoas e as individualidades para além de pré-categorias e, portanto, desenvolver outras formas de atingi-las com produtos e propostas de trabalho.
Os Perennials demonstram baixa fidelidade a marcas, produtos e até mesmo relações interpessoais devido às contínuas e fartas chances de mobilidade. No entanto, isso não representa uma ausência total de padrões. Eles demoram mais tempo para se situar, já que as classificações são pós-estabelecidas em vez de pré. Mas é bastante estimulante viver dentro dessas condições.
No contexto de estratégia de negócios, desenvolver essa nova cultura, abertura e interação é essencial para qualquer empresa ou grupo de pessoas que pretende sobreviver e evoluir, tendo em vista que as revoluções ocorrem em frações de tempo cada vez mais reduzidas.
Pew, 2018. Acesso em: 20/11/2018.The What, 2018. Acesso em: 20/11/2018.Yaccoub, 2018. Acesso em: 20/11/2018.SuperHuman, 2018. Acesso em: 20/11/2018NaPrática.org, 2016. Acesso em: 20/11/2018.IE/UFRJ, 2012. Acesso em: 20/11/2018.Diário Gaúcho, 2016. Acesso em: 20/11/2018.Stanford Center on Longevity, 2017. Acesso em: 20/11/2018.Easy Life Cover, 2014. Acesso em: 20/11/2018.UC Berkeley, 2010. Acesso em: 20/11/2018.Wharton University of Pennsylvania, 2010. Acesso em: 20/11/2018.Voe Gol, 2017. Acesso em: 20/11/2018.South by Southwest Music Festival, 2018. Acesso em: 20/11/2018
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