Na indústria farmacêutica, onde o investimento em inovação é altíssimo e os ciclos de retorno são longos, mensurar se a empresa está verdadeiramente gerando valor é fundamental. O indicador Valor Econômico Agregado (EVA) surge como uma métrica poderosa para avaliar a performance econômica real, descontando o custo do capital utilizado. Trata-se de uma ferramenta estratégica que vai além do lucro contábil.
O que é o EVA e como funciona?
O EVA é calculado a partir do lucro operacional após impostos (NOPAT), subtraindo-se o custo do capital investido. Essa abordagem permite medir se a empresa está gerando retorno acima do mínimo exigido pelos investidores e credores, fornecendo uma avaliação econômica mais rigorosa da performance corporativa.
Por que o EVA é crucial no setor farmacêutico?
Com investimentos robustos em P&D, processos regulatórios onerosos e marketing médico altamente especializado, as farmacêuticas precisam garantir que cada centavo investido esteja retornando valor real. O EVA é o termômetro que diferencia empresas que apenas sobrevivem daquelas que prosperam e criam riqueza sustentável.
Alinhamento entre estratégia e retorno econômico
Utilizar o EVA como KPI principal promove uma cultura de responsabilidade financeira e estratégica. Departamentos passam a considerar o custo de oportunidade de suas ações, impulsionando decisões mais assertivas sobre projetos clínicos, aquisições, lançamentos e expansões de portfólio.
Impacto no relacionamento com investidores
Empresas farmacêuticas que apresentam EVA positivo consistente ganham credibilidade junto ao mercado, atraindo investidores institucionais e facilitando o acesso a capital. Isso é particularmente relevante em um setor onde fusões, aquisições e financiamento de inovação são comuns e estratégicos.
EVA e decisões de portfólio de medicamentos
Ao aplicar o EVA em produtos específicos, é possível identificar quais moléculas realmente geram valor e quais consomem recursos sem retorno adequado. Isso orienta o desinvestimento em linhas pouco rentáveis e prioriza ativos com maior potencial de retorno, mesmo que com maior risco.
Incorporação do EVA à Governança Corporativa
Muitas farmacêuticas já integram o EVA aos modelos de governança, utilizando-o como base para remuneração variável, análise de desempenho e alocação de capital. Isso fortalece a transparência, o alinhamento entre executivos e acionistas e a perenidade da organização.
O EVA é mais do que um indicador — é uma filosofia de gestão que conecta desempenho operacional ao retorno exigido pelo capital. Na indústria farmacêutica, sua adoção amplia a visão estratégica, promove eficiência e fortalece a confiança dos stakeholders. Empresas que monitoram e geram EVA positivo constroem um futuro financeiramente saudável e socialmente relevante.
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