O conceito de um ser humano conectado a dados, com atendimento personalizado e diagnóstico aprimorado é a muito tempo previsto pela ficção científica.
Sim os wearables entraram no mercado, a ideia de medição contínua parece menos fantasiosa. De fato, a onipresença do smartphone agora oferece a perspectiva de acesso confiável aos dados do paciente no mundo real.
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Um exemplo bem divulgado da medicina digital é o sensor ingerível em desenvolvimento pela Proteus Digital Health. A empresa recebeu aprovação do FDA em 2012 para um sistema de sensor de medicamentos, que é usado para obter aderência.
Quando o paciente toma a pílula, ela se dissolve no estômago e causa uma pequena voltagem (quando uma pequena quantidade de magnésio e cobre se juntam). Essa voltagem é então captada por um sensor no corpo (preso ao braço) que transmite as informações (tempo de ingestão) para um aplicativo no smartphone e depois para o Médico.
A Proteus testou este sistema com um antipsicótico e numa pílula de Hipertensão. A extrapolação óbvia é para um futuro em que uma série de dados do paciente seja transmitida com segurança ao Médico e isso significará menos tempo gasto em diagnósticos (ou diagnósticos mais precisos) e mais na personalização do tratamento.
Esta agregação na análise de dados de pacientes é um campo onde as sementes de ruptura na Indústria Farmacêutica já podem ser semeadas. O Watson Health Cloud foi criado em 2015, em parceria com a Apple, Johnson & Johnson e Medtronic, e fornece serviços de análise para profissionais de saúde.
O Watson Health Cloud analisa dados de dispositivos pessoais, dispositivos médicos conectados, implantes e outros sensores, e pode apoiar decisões clínicas, reduzindo diagnósticos incorretos. Os consumidores podem ser motivados a usar serviços como o Apple HealthKit, na medida em que buscam valor e o melhor tratamento.
Esta é uma área em que as empresas farmacêuticas terão que manter o passo, especialmente quando se trata de provar o valor de seus medicamentos. Os pagadores também podem usar mais dados do paciente para determinar o pagamento.
No entanto, vale a pena ressaltar que uma grande onda de dados extras não representa necessariamente nenhuma garantia. Na verdade, tantos dados quantificados tem trazido muitas preocupações éticas e de privacidade - como o Watson constrói conhecimento de dados genômicos, clínicos e exógenos, essas questões precisam continuar a ser debatidas.
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