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Como o KAM Tradicional Pode se Adaptar à Transformação Digital nas Indústrias MedTech e Pharma

Como o KAM Tradicional Pode se Adaptar à Transformação Digital nas Indústrias MedTech e Pharma

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As indústrias MedTech e Pharma estão vivenciando uma transformação profunda em suas estratégias de vendas, impulsionada pela crescente digitalização do mercado. Com a transformação digital, surgem novas exigências, e um dos maiores desafios é adaptar a abordagem tradicional de vendas às novas demandas tecnológicas. Nesse cenário, a figura do KAM (Key Account Manager - Gestor de Contas Chave) ganha uma nova perspectiva. Mas como os KAMs tradicionais podem se ajustar às exigências do mundo digital? E quem se adaptará melhor a essas mudanças?


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A transformação digital nas vendas não é uma novidade, mas ela se acelerou durante a pandemia, obrigando as empresas a repensarem seus processos. Hoje, muitas interações com clientes, que antes eram feitas de forma presencial, passaram a ocorrer virtualmente. Isso exige uma adaptação tanto das equipes de vendas quanto das estratégias corporativas.


Um exemplo claro dessa transição é o caso da Pfizer, uma gigante da indústria farmacêutica. Em janeiro de 2022, a empresa anunciou uma mudança radical em sua organização de vendas, demitindo centenas de representantes para abrir espaço para os Digital KAMs. Esses profissionais, com habilidades digitais mais afiadas, representam a nova abordagem para o relacionamento com clientes no setor farmacêutico. Esta decisão demonstra uma transição do modelo tradicional de vendas, com foco no contato direto, para um modelo mais digitalizado.


Mas o que motivou essa mudança? O sistema de saúde está cada vez mais centrado na digitalização, e os fornecedores precisam acompanhar esse movimento. O aumento da demanda por interações online, ao invés de presenciais, foi um dos principais motivadores dessa mudança de perfil nas equipes de vendas. As organizações da MedTech e Pharma agora precisam identificar os melhores canais digitais para se conectar com seus clientes, e isso cria uma alta demanda por profissionais com competências digitais.


É importante notar que essa transição não é simples. Os vendedores tradicionais, acostumados a interações face a face, podem enfrentar dificuldades para se adaptar ao novo modelo. A falta do contato humano pode diminuir o incentivo desses profissionais, tornando-os menos motivados para vender. Portanto, é essencial que as empresas repensem seus processos de recrutamento e adaptem suas equipes para lidar com a digitalização das vendas.


A indústria de MedTech e Pharma precisa começar a pensar fora da caixa. Tradicionalmente, essas indústrias mantiveram processos de vendas muito focados em abordagens presenciais, e o recrutamento de perfis digitais pode ser um desafio. Para lidar com isso, muitas empresas estão começando a olhar para outras indústrias que já passaram pela digitalização de suas vendas, como o setor de FMCG (Bens de Consumo de Rápido Movimento), que já está familiarizado com o uso de ferramentas digitais no processo de vendas.


Outro ponto importante é que as competências digitais não se limitam aos Digital KAMs. A gestão média e superior também precisa estar preparada para essa transformação. A tendência de buscar profissionais qualificados em outras indústrias está crescendo, especialmente na indústria de Ciências da Vida, onde a digitalização é uma realidade cada vez mais presente.


Uma mudança radical como essa traz consigo a necessidade de ampliar a visão, explorando modelos de diferentes setores que já estão familiarizados com a transformação digital. O maior benefício de olhar para fora do setor é a troca de experiências e ideias que podem acelerar a adaptação das indústrias MedTech e Pharma à nova realidade digital. Embora ainda não se saiba exatamente como o mix de vendedores será formado no futuro, o caminho da digitalização já está traçado, e as empresas precisam começar a se ajustar.


No entanto, é importante ressaltar que a transformação digital não significa que o KAM tradicional será descartado. A relação pessoal entre o vendedor e o cliente ainda desempenha um papel crucial no processo de vendas. Durante a pandemia, por exemplo, ficou evidente que os clientes buscaram ainda mais os fornecedores com os quais já tinham um relacionamento de confiança. Essa conexão pessoal é difícil de ser substituída pela tecnologia.


A tendência futura provavelmente será uma combinação de perfis. O processo de vendas começará digitalmente, utilizando ferramentas de automação e interação online, mas a parte final, mais personalizada, será complementada por reuniões presenciais e demonstrações de produtos. Esse modelo híbrido permite aproveitar o melhor dos dois mundos: a eficiência das ferramentas digitais e a confiança proporcionada pelo contato direto.


A adaptação às mudanças digitais não ocorrerá da noite para o dia. É um processo contínuo que exige agilidade e flexibilidade das organizações. As empresas precisam continuar refletindo sobre como integrar os KAMs tradicionais com a mentalidade digital, garantindo que as novas demandas tecnológicas não substituam, mas complementem as abordagens tradicionais de vendas.


A lição que fica é clara: a transformação digital é uma oportunidade de evolução, mas também um desafio que requer paciência, visão estratégica e capacidade de adaptação. Empresas que conseguirem equilibrar o melhor dos dois mundos – a tecnologia e o toque humano – estarão mais bem posicionadas para prosperar em um mercado cada vez mais digital.


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