O potencial para melhor engajamento de pacientes e cuidadores parece ainda mais empolgante. “Em essência, você não precisará mais de um programa de suporte ao paciente, porque sua solução ChatGPT seria seu programa de suporte ao paciente”, explica Da Baere. “Todos os recursos de suporte poderiam estar disponíveis por meio do bot, tornando um site muito menos envolvente e essencialmente redundante.” Da Baere também especula que conversas reais poderiam preencher o bot, ajudando assim a formular respostas para perguntas difíceis de cuidados que são expressas de forma consistente, natural e empática.
À medida que o poder da IA generativa se expande para o suporte ao paciente e
marketing direto ao consumidor, a sensibilidade à consideração regulatória e de privacidade será vital. Assim como a evolução do engajamento e marketing de mídia social para a indústria farmacêutica, a integração e a adoção devem ser metódicas e iterativas. À medida que os consumidores aumentam gradualmente sua própria utilização de dispositivos integrados ao ChatGPT, serviços digitais e experiências de marca, as empresas biofarmacêuticas terão a oportunidade de encontrá-los no meio do caminho e, até lá, esperançosamente, estarem prontas de uma maneira que permaneça avessa a riscos e em conformidade.
“Com base na minha experiência integrando versões anteriores desses bots, minha orientação é começar com assuntos médicos”, diz Gwee. “Seus dados são cuidadosamente examinados, seu público é profissional e seus canais de comunicação são fechados. Com exposição limitada e conteúdo aprovado, você pode então experimentar pontos de contato específicos, acostumar o pessoal jurídico e regulatório a essa nova forma de comunicação e construir o avião enquanto o pilota. Não hesite em trazer ajuda externa, assim como nos primeiros dias do digital e do social.”
“Isso não vai acontecer da noite para o dia”, insiste Butcher. “A transformação é inevitável, mas precisa ser introduzida com liderança e educação.” Da Baere acrescenta: “A mudança disruptiva só pode acontecer de cima para baixo. Nunca vi nada eficaz acontecer apenas com interesse ou apoio da base. A liderança sênior deve primeiro entender e abraçar as possibilidades e, então, exigir uma abordagem cuidadosa e focada para descobrir o que pode funcionar. Especialistas e consultores externos terão que ser trazidos primeiro, para que possamos aprender e tirar proveito disso.”
A boa notícia é que, somente no ano passado, as startups baseadas em ChatGPT se multiplicaram, integradas em todos os marcos de desenvolvimento e comercialização. De bots que tornam as informações do EHR e as interações entre profissionais de saúde e pacientes mais conversacionais, ao gerenciamento de registros médicos e processamento de cuidados gerenciados mais eficientes, à introdução da tecnologia como uma ferramenta de diagnóstico e tratamento no ponto de atendimento, e até a farmácia, a IA generativa está entrando na jornada do tratamento de todos os ângulos. Um pouco atrasada para o prato, como de costume, a biofarmacêutica está se destacando.
Indústria Farmacêutica e o ChatGPT
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